Não bastasse a empregada ter faltado, o café ficou fraco. A lente de contato caiu no buraco da pia: teve que enfiar a mão no ralo. Lascou uma unha e o esmalte abriu-se em beiços. O sapato que combina com a blusa, sumiu. Botou o sutiã do avesso. A pasta de dente acabou. E o absorvente também. A torrada caiu com a manteiga virada para baixo. O cabelo está um horror. Engordou dois quilos. Apesar do pó compacto, o rosto parece uma canja de pés de galinha. Torceu o pé subindo no ônibus: quebrou o salto do sapato. O computador deu pau. O Aloísio não ligou. Mordeu uma pedra no feijão. O chefe estava de mau humor. O aumento não saiu. Era mais fácil dar nove horas da noite do que cinco e meia da tarde. O desodorante venceu.
          E mais isso agora!!! Um fio puxado do calcanhar até a bunda, na meia fina importada, novinha.
          Na Presidente Vargas, em frente à Central do Brasil, sentou no meio fio e chorou.
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário